Vera Silva
(pseudónimo), 7.º A
"Os
meninos à volta da fogueira vão aprender coisas de sonho e de verdade.”
Neste ano, em que as circunstâncias pandémicas obrigam ao
distanciamento físico, a EB1/JI de Mascotelos conseguiu festejar o Dia de São Martinho
de forma singular. Assim, parafraseando o início da bela canção "Os
meninos de Huambo", criou uma exposição em que figuram ilustrações de crianças sorridentes com uma nota de esperança de que melhores dia virão.
Parabéns pela originalidade e pela alegria da mensagem!
O livro
infanto-juvenil La Petite Fadette A Pequena Fadette (que existe na nossa BE, na estante de
literatura infanto-juvenil) foi escrito
em 1849 por George Sand refletindo uma
fase da sua vida passada no campo.
Mas quem foi George Sand? Pois bem, esse é o pseudónimo literário masculino da escritora francesa Aurore Dupin, baronesa Dudevant (1804-1876) que foi uma figura controversa da sociedade parisiense. Conviveu com intelectuais da sua época e exprimiu as suas ideias políticas, caracterizadas por um socialismo idealista, em revistas e jornais. Teve uma longa ligação amorosa com o virtuoso compositor polaco Frédéric Chopin (1810-1849), cuja obra maior são os Nocturnos. Se clicares aqui, poderás ouvir um excerto interpretado pela notável pianista portuguesa Maria João Pires.
Três sugestões culturais a não perder! Visita-nos!
O que têm em comum estes três objetos da Biblioteca Escolar? O que é que os une?
Envia a tua opinião até ao dia 14 de novembro, para o endereço eletrónico da BE dafonsohenriquesbib@gmail.com
Se a tua resposta estiver certa, terás um prémio.
Nota: A resposta a este desafio será publicada na próxima semana.Hoje, os alunos do 1.º e 2.º anos da turma da Prof.ª Sandra Gonçalves, da EB1/JI de Silvares tiveram a possibilidade de ouvir a leitura expressiva da história de Orianne Lallemand, O lobo que não gostava de ler , pela ação da Técnica da Biblioteca Municipal Raul Brandão, pólo de Pevidém.
Esta obra
infanto-juvenil, que engloba várias histórias bem conhecidas, foca-se na
atitude um lobo que prefere comer os livros
do que os ler. Sempre que os tenta ler, rapidamente adormece. Até que, um
dia,descobre a maravilhosa aventura no País dos Livros, para recuperar dez livros desaparecidos. A descoberta vai
ser maravilhosa! |
| Decoração da Prof.ª Cândida Gonçalves |
Vê a mensagem da Dr.ª Adelina Pinto a propósito do Dia Internacional da Biblioteca Escolar.
Atendendo a este momento da pandemia, em que não podemos colocar um livro por mesa, para dois alunos, devido às regras de segurança sanitária, e por não haver livros suficientes em suporte de papel, na BE, para leitura orientada, na sala de aula, partilhamos, em formato digital, a obra de Sophia de Mello Breyner A Menina do Mar. Foi um trabalho artístico e perseverante que a Prof.ª Eugénia Almeida maravilhosamente organizou, ilustrando com animações, de modo a que todos se sintam motivados para a leitura desta obra maior da literatura infanto-juvenil.
Boas leituras! LER é Crescer e viver para além de...
Aproveita as oportunidades que o Estudo em Casa te proporciona desde o 1.º ao 9.º ano. Acede aqui à disciplina de Leitura e Escrita que te ajudará a ler e a interpretar o que se lê e a cruzar os diversos conhecimentos de todas as áreas. Irás também desenvolver o prazer pela leitura, pois os Livros, além de nos transmitirem conhecimentos, são meios que nos permitem viajar e a viver outras vidas.
Para os mais novos...
Estas e outras informações poderás ter lendo O Ano da Peste Negra de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada.
Aventura-te na viagem de dois irmãos que, acompanhados por um cientista, recuam, por meio de uma engenhosa máquina do tempo, ao ano de 1348, onde, em Lisboa, os habitantes lutam contra a Peste Negra que grassava, causando a devastação, também disseminada em toda a Europa, vinda da China. Eles conhecem um miúdo dotado de uma personalidade peculiar e acabam por se envolver numa aventura, que os coloca em risco de vida, ao cruzarem-se com uma quadrilha.
Livro que agrega diversão com conhecimento. Aproveita e lê!
Álvaro de Campos
Começa a haver meia-noite, e a haver sossego,
Por toda a parte das coisas sobrepostas,
Os andares vários da acumulação da vida...
Calaram o piano no terceiro-andar...
Não oiço já passos no segundo-andar...
No rés-do-chão o rádio está em silêncio...
Vai tudo dormir...
Fico sozinho com o universo inteiro.
Não quero ir à janela:
Se eu olhar, que de estrelas!
Que grandes silêncios maiores há no alto!
Que céu anticitadino! —
Antes, recluso,
Num desejo de não ser recluso,
Escuto ansiosamente os ruídos da rua...
Um automóvel! — demasiado rápido! —
Os duplos passos em conversa falam-me
O som de um portão que se fecha brusco dói-me...
Vai tudo dormir...
Só eu velo, sonolentamente escutando,
Esperando
Qualquer coisa antes que durma...
Qualquer coisa...
Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1944 (imp. 1993).
- 59.
Este poema de Álvaro de Campos -̶ um dos heterónimos de Fernando Pessoa – produzido numa fase em que sobressaem o devaneio, a melancolia e o tédio pela vida, poderia servir para assinalar o contraste entre a euforia e o ruído do dia com a serenidade que a noite transporta. Lentamente, a passagem do tempo é sugerida pelo silêncio que a pouco e pouco se instala.
Sugestão de leitura da
BE O ruído e a Cidade (cota 504,
RUI), título adaptado do livro francês Le bruit
e la ville.
