A Biblioteca do Rei Afonso Henriques

segunda-feira, 23 de março de 2015

HERBERTO HELDER (1930 - 2015): O MAIOR POETA PORTUGUÊS DA SEGUNDA METADE DO SÉC. XX


Seis Poemas de Herberto Hélder

Herberto Helder
 (Funchal – 1930, Cascais – 2015)
Maior Poeta português do século XX, após Fernando Pessoa.
Herberto Helder de Oliveira nasceu a 23 de novembro de 1930, no Funchal. Frequentou a Faculdade de Letras na Universidade de Coimbra. Sem concluir os estudos, foi para Lisboa onde trabalhou como jornalista, bibliotecário, tradutor e apresentador na rádio.
Em 1971, já se encontrava em Luanda e tinha publicado obras de poesia: O Amor em Visita (1958); A Colher na Boca (1961); Poemacto (1961); Lugar (1962); Electrónicolírica (1964); Húmus: poema-montagem (1967);  Retrato em Movimento (1967); Ofício Cantante 1953-1963 (1967); O Bebedor Nocturno (1968) e Vocação Animal (1971). Em Angola, foi redator da revista Notícias.
A sua poesia fulgurante, sujeita a primeiras edições, é considerada muito singular e marcada pelo surrealismo tardio.
Herberto Helder não gostava de ser fotografado e aprestava-se para o misantropismo, pelo que não dava entrevistas. Em 1977, publicou Cobra, a que se seguiram O Corpo o Luxo a Obra (1978); Photomaton & Vox (1979) ; Flash (1980) ; A Plenos Pulmões (1981) ; A Cabeça entre as Mãos (1982) ; As Magias (1987) ; Última Ciência (1988) ; Do Mundo (1994) ; Ouolof: poemas mudados para português (1997) ; A Faca Não Corta o Fogo - Súmula & Inédita (2008) ; Ofício Cantante - Poesia Completa (2009) ; Servidões (2013) ; A Morte Sem Mestre (2014) e  Poemas Completos (2014).
Como este Poeta só permitia uma edição, esporadicamente publicava. Saíam em conjuntos os seus livros. Assim, em 1953,  Poesia Toda (1.º vol. de 1953 a 1966; 2.º vol. de 1963 a 1971) ; em 1973, nova edição com igual título; em 1990, seguiu-se a Poesia Toda (1996). Foi também autor de obras de ficção ou prosa poética : Os Passos em Volta (1963) ;  Apresentação do Rosto (1968) e A Faca Não Corta o Fogo (2008).

No ano de 1994, recusou o Prémio Pessoa, atribuída à sua obra poética. Herberto Helder faleceu a 23 de março de 2015, em Cascais.