A Biblioteca do Rei Afonso Henriques

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Viajar

O tempo é de Férias em Portugal. E que bem sabe percorrer o nosso mapa tão diversificado e amistoso, com inúmeros locais a descobrir e a Viver intensamente.
Por que não seguir as sugestões da Dr.ª Ruthia Portelinha que, através da sua Página digital   O Berço do Mundo Logonos faz "crer" que o vírus pode estar bem longe da nossa mente impedindo-nos de gozar umas férias merecidas. Diversão com cuidado, isso é indispensável!

Acede aqui a algumas sugestões de férias.

Ruthia Portelinha, que colaborou com a BE, participou no livro de crónicas Viajantes de uma vida em parceria com outros bloggers.
capa de Viagens de uma vida

Boas Férias e cuidem-se bem!

domingo, 26 de julho de 2020

Feliz Dia dos Avós!

   Todas as efemérides são símbolos a evocar e o dia 26 de julho assinala a importância dos Avós, que são presenças incontornáveis na educação, equilíbrio e manancial de afetos para os netos, além de imprescindíveis "redes" de apoio.
   Escolhemos, para assinalar a data, alguém que foi uma referência para a família e que serviu de exemplo de vivacidade e determinação, na sociedade vimaranense: a Avó Jerónima, dona da antiga fábrica "Pátria", uma das primeiras da sua geração quer a tirar carta de condução quer enquanto jovem nicolina. 

   Convidamo-vos a ler este testemunho, pois vale a pena conhecer esta ilustre senhora com uma dinâmica invulgar para a época. 

   Gostaríamos de publicar textos sobre os Avós; basta enviarem para o e-mail da BE dafonsohenriquesbib@gmail.com

     Feliz dia para todos os Avós!




A “Avó” Jerónima e as memórias que perduram no tempo
            

Normalmente, quando ouvimos falar dos avós imaginamos cabelos brancos, iguarias, brincadeiras sem pressas e palavras doces associadas a momentos especiais que, para sempre, vamos guardar nos nossos corações. São pessoas únicas, afetuosas e inesquecíveis, são as nossas memórias cheias de prazer, diversão e ternura.
            A avó Jerónima, como é tratada cá em casa, era na realidade a minha bisavó materna. Morreu tinha eu quatro anos, mas esteve sempre muito presente nas conversas em família. De baixa estatura, menos de 1,50 m, e a calçar 34, frequentou o Liceu de Guimarães, atual Escola Secundária Martins Sarmento, e foi das primeiras mulheres Nicolinas. No cortejo do Pinheiro, caminhava à frente, entre os homens. Casou-se tarde para a época e enviuvou cedo, ficando com duas filhas menores a seu cargo. Mulher de fibra, conduziu os negócios do marido com sucesso e onde hoje é a Casa da Memória era em tempos a sua fábrica de plásticos “Pátria”. Conduzia um Volkswagen Carocha e adorava viajar com as suas filhas e netas para Espanha para comprar chocolates e beber Coca-Cola, que na época não era permitida em Portugal. Conta a minha mãe que cantarolava a viagem toda e que passar, no regresso, na alfândega era uma aventura! Na carteira trazia sempre o seu crochet e uma nota para as netas. Adorava fazer versos e declamar os versos que fazia. Um acidente levou-a de nós prematuramente, morreu atropelada há 40 anos, com 74 anos de idade.
Versos elaborados pela Avó Jerónima
 Vivi com ela muito pouco tempo, mas as memórias que deixou estão sempre presentes, tornando-a uma figura constante nas nossas vidas e uma referência para toda a família.

         Bem hajam todos os avós!
26-07-2020

Prof.ª Susana Jordão