Todas as efemérides são símbolos a evocar e o dia 26 de julho assinala a importância dos Avós, que são presenças incontornáveis na educação, equilíbrio e manancial de afetos para os netos, além de imprescindíveis "redes" de apoio.
Escolhemos, para assinalar a data, alguém que foi uma referência para a família e que serviu de exemplo de vivacidade e determinação, na sociedade vimaranense: a Avó Jerónima, dona da antiga fábrica "Pátria", uma das primeiras da sua geração quer a tirar carta de condução quer enquanto jovem nicolina.
Convidamo-vos a ler este testemunho, pois vale a pena conhecer esta ilustre senhora com uma dinâmica invulgar para a época.
Gostaríamos de publicar textos sobre os Avós; basta enviarem para o e-mail da BE dafonsohenriquesbib@gmail.com
Convidamo-vos a ler este testemunho, pois vale a pena conhecer esta ilustre senhora com uma dinâmica invulgar para a época.
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Feliz dia para todos os Avós!
Normalmente, quando ouvimos falar dos avós imaginamos cabelos brancos, iguarias, brincadeiras sem pressas e palavras doces associadas a momentos especiais que, para sempre, vamos guardar nos nossos corações. São pessoas únicas, afetuosas e inesquecíveis, são as nossas memórias cheias de prazer, diversão e ternura.
Vivi com ela muito pouco tempo, mas as memórias que deixou estão sempre presentes, tornando-a uma figura constante nas nossas vidas e uma referência para toda a família.
A “Avó” Jerónima e as memórias que perduram no tempo
Normalmente, quando ouvimos falar dos avós imaginamos cabelos brancos, iguarias, brincadeiras sem pressas e palavras doces associadas a momentos especiais que, para sempre, vamos guardar nos nossos corações. São pessoas únicas, afetuosas e inesquecíveis, são as nossas memórias cheias de prazer, diversão e ternura.
A avó Jerónima, como é tratada cá em casa, era na realidade a minha bisavó materna. Morreu tinha eu quatro anos, mas esteve sempre muito presente nas conversas em família. De baixa estatura, menos de 1,50 m, e a calçar 34, frequentou o Liceu de Guimarães, atual Escola Secundária Martins Sarmento, e foi das primeiras mulheres Nicolinas. No cortejo do Pinheiro, caminhava à frente, entre os homens. Casou-se tarde para a época e enviuvou cedo, ficando com duas filhas menores a seu cargo. Mulher de fibra, conduziu os negócios do marido com sucesso e onde hoje é a Casa da Memória era em tempos a sua fábrica de plásticos “Pátria”. Conduzia um Volkswagen Carocha e adorava viajar com as suas filhas e netas para Espanha para comprar chocolates e beber Coca-Cola, que na época não era permitida em Portugal. Conta a minha mãe que cantarolava a viagem toda e que passar, no regresso, na alfândega era uma aventura! Na carteira trazia sempre o seu crochet e uma nota para as netas. Adorava fazer versos e declamar os versos que fazia. Um acidente levou-a de nós prematuramente, morreu atropelada há 40 anos, com 74 anos de idade.
Versos elaborados pela Avó Jerónima |
Bem hajam todos os avós!
26-07-2020
26-07-2020
Prof.ª Susana Jordão