Reflexo da
tarefa sugerida pelo #EstudoEmCasa, alguns alunos do 7.º D,
coordenados pela Prof.ª Irene Salgado, produziram textos recorrendo às técnicas
dos textos diarístico e descritivo, inspirados no quadro de Salvador Dalí, "Figura na janela" datado de 1926,
em que a modelo era a irmã do pintor, Ana Maria Dalí, que se posiciona numa
janela virada para o mar, em Cadaqués.
Janelas para o
mundo
A Manuela é uma mulher como outra qualquer que está na sua
janela a observar o único mundo que consegue ver.
Como já fazia antes, consegue ver da janela o mar e o
horizonte. Mas nesta altura, é o único contacto visual que tem com o mundo.
Tudo isto porque um vírus invisível lhe fechou as portas,
como se fosse uma violenta tempestade.
Mas a Manuela como todas as outras pessoas procurou outras janelas para o mundo. Os seus familiares, amigos e conhecidos passaram a procurar outras janelas disponíveis, encontrando-se todos agora através das redes sociais, telefones e computadores. O que se passa no mundo chega-lhe pela televisão.
Mas a Manuela como todas as outras pessoas procurou outras janelas para o mundo. Os seus familiares, amigos e conhecidos passaram a procurar outras janelas disponíveis, encontrando-se todos agora através das redes sociais, telefones e computadores. O que se passa no mundo chega-lhe pela televisão.
A diferença está agora nos cheiros, aromas e brisas do mar
que sentia na rua e agora está à janela para lembrar a liberdade que tinha
antes.
Bruno Faria, 7.º D
Maria estava à janela. Nela tocava um vento leve e suave que trazia o som dos golfinhos lá ao longe. Adorava ouvir as ondas a baterem nas rochas, tal como as gaivotas talentosas a mergulharem no mar. Ela ficava maravilhada com o tamanho dos barcos que por ali passavam. Ouvia os amáveis passarinhos, perto dela, a chilrear suavemente. Maria vislumbrava as luzes do farol e ouvia o som que ele emitia, para os barcos não baterem nas rochas.
Joana
Ribeiro, 7.º D
Querido diário,
Maria estava à janela. Nela tocava um vento leve e suave que trazia o som dos golfinhos lá ao longe. Adorava ouvir as ondas a baterem nas rochas, tal como as gaivotas talentosas a mergulharem no mar. Ela ficava maravilhada com o tamanho dos barcos que por ali passavam. Ouvia os amáveis passarinhos, perto dela, a chilrear suavemente. Maria vislumbrava as luzes do farol e ouvia o som que ele emitia, para os barcos não baterem nas rochas.
Para Maria, a parte mais espantosa
era o pôr-do-sol. Ficava tudo calmo e tranquilo naquela altura. Ela adorava ver
o sol a baixar, as ondas reluzentes, o som impressionante, que as gaivotas
faziam a irem para os seus ninhos. E o mais extraordinário era mesmo o odor da
brisa marítima.
Depois disso tudo, ficava quieta a
admirar a sua linda paisagem.
Querido diário,
Estou desde o dia 14 de março em
quarentena e está a ser uma experiência má. Parece que estar fechada em casa os
dias passam muito devagar. Estou há um mês em casa, quase dois, cada vez mais
há filas nos supermercados, e isso torna muito mais difícil de fazer compras.
Ainda bem que já está tudo a acalmar, felizmente, e espero que, com isto tudo a
acalmar, as pessoas não achem que já acabou, porque se sairmos todos vai
estragar tudo.
Tenho saudades da minha família, dos meus
amigos e até das aulas, bem, se calhar das aulas não, mas sim do ambiente da
escola. Estes tempos foram terríveis, espero não voltar a passar por isto. Eu
estou a cumprir a quarentena e o ambiente aqui em casa é sempre num tédio, só
quero ir passear livremente sem ter máscaras ou qualquer tipo de proteção,
quero abraçar a minha família e os meus amigos .
Matilde Faria, 7.º D
Querido diário,
Estou desde o dia 13 de
março em quarentena, já vai fazer dois meses que estou em isolamento. Nunca
pensei que aos meus doze anos de vida passasse por uma pandemia. Está a ser uma
experiência diferente, sinto-me um pouco farta de estar em casa, sinto saudades
da minha família, amigos e professores.
Tenho aproveitado este tempo em casa, para fazer
bolos, ajudar a minha mãe em algumas tarefas domésticas e praticar algum
exercício físico.
Vejo as notícias daquilo que se está a passar
no mundo e penso que todos nós devemos cumprir a nossa parte para o número de
mortes e infetados não aumentar, como sucedeu a vários países que estão a
passar pela mesma tragédia.
Se todos nós fizermos a
nossa parte tudo vai ficar bem!
Maria
Victória,7.º D
Querido Diário,
Hoje é dia sete de maio, ou seja,
faz hoje um mês e vinte e quatro dias desde o meu primeiro dia de quarentena.
Em relação a esta situação do
coronavírus, acho que nem todas as pessoas estão consciencializadas sobre esta
pandemia, mas presumo que a maior parte esteja a cumprir a quarentena.
Os meus dias em casa estão a ser
passados mais facilmente do que eu pensava, apesar de todos os trabalhos e
aulas que temos todos os dias. Da escola as saudades não são muitas, mas dos
meus amigos, nem se fala.
Acordo todos os dias lá para as oito
e um quarto, para chegar a tempo às aulas da manhã. À tarde, assisto à
telescola e despacho os trabalhos de casa. Nos meus tempos livres, vejo séries sozinho
ou com a minha irmã, treino, ouço música, vejo vídeos no YouTube de pessoas que vivem na selva a construir casas ou a caçar
e a cozinhar animais, e às sextas-feiras, em especial, limpo a casa.
Espero que isto tudo passe rápido e
que a escola recomece o mais cedo possível.
Afonso Pereira, 7º D