Nota sobre este
quadro
A Casa Amarela é uma pintura de Vincent van Gogh, datada de setembro de 1888, que retrata a habitação onde este
pintor holandês viveu, na Place Lamartine, em Arles, França. Aquando da 2.ª Guerra Mundial, o edifício foi bombardeado
e, posteriormente, demolido.
Podes ver este quadro no Museu Vincent
van Gogh, em Amesterdão, na Holanda, onde se encontra a maior coleção de
pinturas deste que é considerado um dos mais importantes artistas do mundo.
Atividade
de escrita criativa
Observa
atentamente esta pintura de Vincent van Gogh e inspira-te nela, para imaginares
uma emocionante história, na qual integres todos os elementos que constituem
uma narrativa: tempo, espaço, ação, personagens e narrador.
O
teu texto (de 180 a 240 palavras) deve contemplar momentos de descrição
do espaço e das personagens, além de introdução,
desenvolvimento e conclusão.
Bom trabalho!
Publicamos alguns trabalhos que evidenciam criatividade e gosto pela escrita baseados no quadro datado de 1888 de Vincent van Gogh "A casa amarela". Parabéns aos talentosos alunos! Esperamos pelo teu texto. Julho de 1920, o dia era de calor. Crianças corriam com carrinhos e piões. Brincavam com arcos e fitas. As mães passeavam os bebés em carrinhos com guarda‑sóis.
Eu e as minhas 6 irmãs estávamos em
frente à nossa casa, a casa Amarela. Eu era a mais velha, fazia neste dia dez
anos. A Rosa tinha 8 anos, a Maria e a Luisa 6,a Celeste e a Teresa 4 e a mais
pequena era a Lurdes que tinha 1 ano. Éramos as 7 inseparáveis. Brincávamos no
pequeno pátio que tinha em frente à nossa casa, junto com os vizinhos. A minha
mãe Matilde, estava dentro de casa com a minha avó Adélia a preparar a minha
festa de aniversário. Na sala já havia balões e fitas pendurados perto das
janelas, e a mesa estava posta com o serviço mais bonito que a minha mãe tinha
e que só usava em dias especiais. Os copos de cristal eram postos na mesa com o
maior cuidado e quando tocavam um no outro pareciam passarinhos a cantar.
Eu gostava destes dias de festa, as
pessoas cantavam e era bonito ver chegar os convidados. Tios, primos, amigos.
Todos vieram. O jantar era o meu prato preferido, empadão de carne, e para a
sobremesa havia bolo com morangos.
Depois de cantarmos os parabéns, os meus
tios pegaram nas violas e ao som daquela música todos dançávamos. A minha mãe
era a que dançava melhor. Tinha um vestido que rodava e fazia parecer que
voava. Depois, chegava a hora das prendas. Recebi um vestido e umas sandálias.
Fiquei feliz.
No fim da noite, com já toda a gente
cansada, eu deitava-me no colo da minha mãe e adormecia e na manhã seguinte,
como por magia, acordava na minha cama.
Esta é a história numa folha do meu
velhinho bloco de notas. Aqui no mesmo lugar onde muitas vezes brinquei. No
pátio da casa Amarela. Hoje, em 1960, a casa já não existe, foi destruída por
um bombardeamento. Fizeram daquilo que sobrou uma nova casa, que agora é toda
coberta de bonitos azulejos. La dentro vejo meninas a brincarem, e uma mãe
atarefada numa correria de um lado para o outro. Alguém deve fazer anos. E se
lhe desse um presente era desejar que fosse tão feliz como eu fui naquela casa
Amarela.
Leonor Silva, 7.º C
A casa
amarela
A casa amarela, como o próprio nome
indica, é uma casa de cor amarela, que retrata a habitação onde viveu o pintor,
cujo nome é Vincent Van Gogh e tinha nacionalidade holandesa. Viveu na Place
Lamartine, em Arles, França.
Era uma cidade como todas as outras, e
um dia igual aos outros, mas um tempo excecional, um sol radiante que brilhava por
cima da cidade de Place Lamartine. No dia 22 de Setembro de 1888, estava muito
gente a passar pelas ruas da cidade, e Vincent era uma delas.
Esta cidade era única para o pintor com
o verde das árvores, as cores das casas, o céu azul e brilhante, os pássaros a
cantar e os sinos a tocar. Era um sítio agradável.
Tudo isto dentro de uma pequena cidade
de França.
As pessoas que tanto gostavam de
conviver, dançar e até mesmo cantar, também se vestiam de uma forma diferente da
que vestimos hoje em dia, como: saias compridas e um avental preso à saia, um
xaile nas costas, um lenço ao pescoço, cabelo amarrado …
Toda esta descrição retirada de um
quadro que se pode encontrar no museu Vincent Van Gogh, em Amesterdão, na
Holanda.
Jéssica
do Vale, 7.º C
Uma
outra maneira de conhecer Vincent van Gogh...
Certo dia, descobri uma chave mágica que
permitia viajar no tempo. Como não sabia bem onde ir, deixei que a minha
imaginação me levasse...
Dei
por mim, nos finais do século XIX, em França, na região de Arles, onde
viveu um dos maiores pintores de todos os tempos – Vincent van Gogh,
na casa conhecida pela Casa amarela.
Esta “viagem” deu-me a possibilidade descobrir
parte da vida deste pintor. Vincent era um homem visionário, mas atormentado
pelas suas visões. Segundo ele tinha um dom que ia para além do seu tempo, ou
seja, a sua pintura só iria ser compreendida num futuro longínquo.
Vincent tinha razão, pois só foi
reconhecido e valorizado anos após a sua morte.
“Quando me deparo com uma paisagem plana, não vejo
mais nada para
além da eternidade. Serei eu o único a vê-la? Não há
existência sem
razão”, dizia Vincent.
Nesta "viagem", pude conhecer outro génio
da pintura, Paul Gauguin, grande
amigo de Van Gogh e pelo qual este cortou a orelha, num ato de amizade
e de desculpas... Vincent van Gogh era um pintor que gostava
de pintar a luz, gostava do calor e da
natureza.
Tomás Carvalhais, 7.º C
O
mendigo
Numa cidade pequena, existia uma pequena
casa amarela, e lá vivia uma menina chamada Sofia. Ela era muito conhecida
naquela cidade, tinha cabelos longos, castanhos claros e os seus olhos eram
azuis.
Todos os dias, a mãe da Sofia lhe
preparava o lanche, que costumava ser sempre um sumo de laranja e um pão com
queijo. Quando terminava a escola, ela vinha de autocarro para casa e quando
chegava a casa tinha o hábito de ir sempre dar um passeio ao seu cãozinho tótó.
Na hora do passeio, normalmente, ela
encontrava sempre um mendigo. Toda a gente dizia que era uma pessoa da má vida
e que não nos devíamos meter com ele, pois ele era muito mau. Ela nunca achou
isso, pois também não tinha provas para comprovar.
Num dia como outro qualquer, Sofia já
tinha chegado da escola e estava a meter a trela no seu cão para o ir passear.
Saiu de casa e foi dar o passeio habitual, quando de repente, se distraiu e
tropeçou numa pedra. Ela caiu no chão e não se conseguia mexer, começou a
queixar-se e o seu cão a latir, quando, lhe apareceu à frente, o tal mendigo de
que ninguém gostava. Ela pensou que ele iria fazer-lhe mal, mas estava
completamente errada, o mendigo ajudou-a a levantar-se, e levou-a até casa.
Chegando a casa, Sofia ligou à mãe a contar o
que tinha acontecido. A mãe dela ficou muito preocupada e veio ter com ela a
casa, quando chegou, levou-a à farmácia e disseram-lhe que ela iria ficar bem.
A mãe agradeceu ao mendigo por ter ajudado a filha, e a partir daí, toda a
gente começou a ter uma visão diferente dele.
“Não julgues uma pessoa pela sua aparência”
Letícia
Antunes Alves,
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