Ilustração de Manon De JongMãe
Conheço a tua força, mãe, e a tua fragilidade.
Uma e outra têm a tua coragem, o teu alento vital. Estou contigo, mãe, no teu sonho permanente na tua esperança incerta Estou contigo na tua simplicidade e nos teus gestos generosos. Vejo-te menina e noiva, vejo-te mãe mulher de trabalho Sempre frágil e forte. Quantos problemas enfrentaste, Quantas aflições! Sempre uma força te erguia vertical, sempre o alento da tua fé, o prodigioso alento a que se chama Deus. Que existe porque tu o amas, tu o desejas. Deus alimenta-te e inunda a tua fragilidade. E assim estás no meio do amor como o centro da rosa. Essa ânsia de amor de toda a tua vida é uma onda incandescente. Com o teu amor humano e divino quero fundir o diamante do fogo universal. António Ramos Rosa, in Antologia Poética |