Seis Poemas de Herberto Hélder
(Funchal – 1930, Cascais – 2015)
Maior Poeta português do século XX, após Fernando
Pessoa.
Herberto
Helder de Oliveira nasceu a 23 de novembro de 1930, no Funchal. Frequentou a Faculdade de Letras na Universidade de Coimbra. Sem concluir os
estudos, foi para Lisboa onde trabalhou como jornalista, bibliotecário,
tradutor e apresentador na rádio.
Em 1971, já se encontrava em Luanda
e tinha publicado obras de poesia: O Amor em Visita (1958); A
Colher na Boca (1961); Poemacto (1961); Lugar
(1962); Electrónicolírica (1964); Húmus: poema-montagem (1967); Retrato em Movimento (1967); Ofício
Cantante 1953-1963 (1967); O Bebedor Nocturno (1968) e Vocação
Animal (1971). Em Angola, foi redator da revista Notícias.
A sua poesia fulgurante, sujeita
a primeiras edições, é considerada muito singular e marcada pelo surrealismo
tardio.
Herberto Helder não gostava de
ser fotografado e aprestava-se para o misantropismo, pelo que não dava
entrevistas. Em 1977, publicou Cobra, a que se seguiram O
Corpo o Luxo a Obra (1978); Photomaton
& Vox (1979) ; Flash (1980) ; A
Plenos Pulmões (1981) ; A Cabeça entre as Mãos (1982) ;
As
Magias (1987) ; Última Ciência (1988) ; Do
Mundo (1994) ; Ouolof: poemas mudados para português (1997) ;
A
Faca Não Corta o Fogo - Súmula & Inédita (2008) ; Ofício Cantante - Poesia
Completa (2009) ; Servidões (2013) ; A
Morte Sem Mestre (2014) e Poemas Completos (2014).
Como este Poeta só permitia uma
edição, esporadicamente publicava. Saíam em conjuntos os seus livros. Assim, em
1953, Poesia Toda (1.º vol. de
1953 a 1966; 2.º vol. de 1963 a 1971) ; em 1973, nova edição com igual
título; em 1990, seguiu-se a Poesia Toda (1996). Foi também autor
de obras de ficção ou prosa poética : Os Passos em Volta (1963) ; Apresentação do Rosto (1968) e A
Faca Não Corta o Fogo (2008).
No ano de 1994, recusou o Prémio Pessoa, atribuída à sua obra poética.
Herberto Helder faleceu a 23 de março de 2015, em Cascais.